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Origem da UNTL

A Universidade Nacional Timor Lorosa'e (único nome oficial, em português) "em tétum seria Universidade Nasionál Timór Lorosa'e", UNTL, é uma universidade fundada em 2000, com sede na cidade de Díli, capital de Timor-Leste.
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No tempo em que Timor era província ultramarina portuguesa não havia universidades no território. Os poucos timorenses que prosseguiam estudos superiores faziam-no, por norma, em Portugal.
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Em 1986, em plena época de ocupação indonésia, por iniciativa do então governador Ing. Mário Carrascalão, foi fundada a Universitas Timor Timur (UnTim). Esta instituição privada estava vocacionada para a formação de gestores intermédios, técnicos agrícolas e professores do ensino secundário para "Timor Timur". Não tinha cursos como arquitectura, direito ou medicina, nem desenvolvia investigação, e os contactos internacionais eram rigorosamente controlados.
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Em 1998/99 a UnTim chegou a ter 4 mil estudantes e 73 professores. No entanto, as autoridades indonésias acabariam por mandar encerrar a universidade em Abril de 1999, na sequência das manifestações em prol da realização do referendo pela independência.
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Em Setembro de 1999, os militares indonésios e as milícias que apoiavam a integração iniciaram um processo de destruição sistemática das infra-estruturas vitais do país, do qual resultou a destruição de 95% dos estabelecimentos de ensino básico, secundário e superior. As instalações da universidade, bem como todo o seu recheio, foram completamente destruídos.
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Apesar de não contar com orçamento inicial da UNTAET, graças ao esforço de professores e alunos da antiga universidade e da escola politécnica, a Universidade Nacional Timor Lorosa'e -- UNTL -- pôde começar a leccionar para 5 mil alunos logo em Novembro de 2000. Com o apoio internacional, a nova UNTL fixou-se nas instalações restauradas do antigo Liceu Dr. António de Carvalho, da antiga Escola Técnica Dr. Silva Cunha, na ex-Escola Canto Resende e, mais tarde, também no espaço do antigo Politécnico de Hera e no edifício que antes tinha albergado a UnTim. Isto apesar da maioria das salas de aula estarem, nos primeiros anos, praticamente despojadas do material essencial ao ensino, incluindo mobília. Para além disso, muitas das pessoas tecnicamente mais habilitadas para o ensino superior acabaram por ser atraídas para lugares no governo ou na administração pública do jovem país.
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Existem actualmente cinco faculdades: Agricultura, Ciências Políticas, Economia, Ciências da Educação e Engenharia.
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Em Julho de 2001 arrancaram o Centro Nacional de Investigação Científica e o Instituto Nacional de Linguística que, entre outras iniciativas, promove o desenvolvimento do tétum, uma das duas línguas oficiais do país.
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Actualmente prepara-se, com a colaboração de juristas portugueses, a criação da Faculdade de Direito. Prevê-se ainda a criação de cursos nas áreas da medicina, comunicação, pescas, arquitectura, física, química e estudos timorenses. Por regra, as aulas são ministradas em língua portuguesa ou, nos cursos ministrados sem apoio de países lusófonos, em língua indonésia.
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É reitor da Universidade Nacional Timor Lorosa'e, o Professor Doutor Benjamim de Araújo e Côrte-Real.
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